2005/11/23

Minha Companheira...

A noite
É a minha
Companheira…

Secretária
Dos meus
Sonhos…

Minha
Amiga
Feiticeira…

No escuro…
Meu amado
mundo…
…Vejo
Tudo
Que desejo…
…Ouço
fantasiosas
melodias…
…Sinto
requintados
Aromas…
…Provo
Mil
Especiarias…
…Toco
Tudo
Que procuro…

A noite
É a minha
Confidente…

Arca
De doces
Tesouros…

Amiga
Nunca ausente.

2005/11/17

Meus Olhos...

Meus olhos
São meu coração…

Tocam levemente
O cosmos
O absoluto
Com
Exacta precisão.

Meus olhos
São minha boca…

Saciando profundamente
Os beijos
Saborosos
Numa doce
Sofreguidão.

Meus olhos
São minhas mãos…

Percorrendo suavemente
Tua pele
Teu perfil…
Perfumada
Sensação.

Meus olhos
São um mundo
Em perfeita
União.

2005/11/06

Meu Mundo...

No meu mundo
Não há grades…

Há jardins
Enfeitiçados
Muitos cavalos alados
E
Sonhos de encantar.

No meu mundo
Não há muros…

Há desertos
Há oásis
Tribos desconhecidas
E
Rotas por inventar.


No meu mundo
Não há sentinelas…

Há espaços siderais
Luas
Planetas
Estrelas
E
Auroras boreais.

No meu mundo
Não há prisões…

Há pássaros
Em liberdade
Trinando
Melodias
Em tons celestiais.

No meu mundo
Não há masmorras…

Há flores
Sonhadas
Exalando odorosas
Seus aromas
Divinais.

No meu mundo
Não há sombras…

Há sóis
Brilhando
Dia e noite
E
Luares intemporais.

No meu mundo
Há…
Doçura
Limpidez
Muita ternura…

Néctar
Em cálices
Cristalinos
Esperando
Desejosos
Outros
Deuses
Especiais…

létinha 2005

2005/11/01

Hoje chorei...

Pelo céu que não matizou minha manhã...

Pelo sol que de mim se escondeu...

Pela nuvem que teimou em escurecer meu coração...

Pelo colibri que esqueceu o seu trinar...

Pela flor que assustada não abriu...

Pelo vento que soprou frio e triste...

Pela semente que desamada não fecundou...

Pela fonte que prometeu secar...

Pelo perfume que sobre mim não espalhou seu doce aroma...

Pela água que não me purificou...

Pelo pão que não comi...

Pelo sorriso que não troquei...

Pelo abraço que não quis sentir...

Pelo beijo que não recebi nem quis dar...

Pela noite que desceu sem me avisar...

Pela estrela que se afastou para sul...

Pela lua que melancólica cheia não cresceu...

Pelo mar que não se enrolou em intimidades...

Pela palavra que atraiçoei sem a cantar...

Pelo silêncio que teimo em deixar reinar.

létinha 1/novembro /2005